Deixa-me permanecer aqui. Recuso o barulho, a confusão, os sorrisos falsos de amigos incógnitos que dão sempre a mão naquelas alturas e que depois ausentam-se e se vão como um vão sopro na vidraça em dias de Inverno. Não, não quero constranger alegrias nem forjar histórias com finais felizes. Não, eu não aguardo o conto de fadas, mas confirmo que todos temos os pozinhos mágicos na palma da mão. Deixa-me permanecer aqui, no fundo do meu mundo que a solidão tem temor de sair do pé de mim. Familiarizou-se à minha presença e não me quer largar a mão. Não me intentes arrastar para longe do que achas ser feroz para mim, não. Senta-te, comigo. Abraça-me e dá-me a mão. Alegra-me com a tua essência doce e chama-me nomes tocantes. Faz-me brilhar só de te olhar e ganhar gordas lágrimas doces com o carinho com que dizes o meu nome. Manda-me silenciar porque queres ouvir o meu silêncio.. E eu a ti, mais que o outro, alguém, cumprirei. Faz-me cócegas até eu tombar do banco e depois diz que sou fraquinho. Deixa-me corar e virar a cara e depois, bem devagarinho, abraça-me outra vez. Talvez assim, a solidão tenha inveja e se vá embora...

Os sonhos são, como chama que se inflama no pavio de chama viva. Só nós somos capazes de dar a energia, e o fulgor à dimensão do pavio. Semelhantes que somos, a essas chamas que, constantemente, abrilhantando vamos queimando o pavio dos nossos sonhos, mas que constantemente renovamos. Aclaramos o pavio ego, porque alguém nos sorri, nos diz uma palavra de apreço mais emotiva, tornando-nos mais fortes. O nosso bem-estar está em alta, simplesmente porque, de manhã, e por mais extraordinário que pareça, até o sol e o chilrear dos pássaros nos faz bem e a brisa do vento que nos toca é espectacular, fazendo-nos arrepiar, como se ouvíssemos a harmonia que nos balança. Por vezes, perdemos essa capacidade de resplendecer e dar flamância aos sonhos, porque abarcados, nalgum instante menos bom, porque uma lágrima que foi dissipada deixou que esse resplendor  se apagasse. Por isso torna o sonho enorme, porque sonhar não faz mal e permite-nos que o pavio do nosso ego e de existência, seja  traçado nos horizontes mais abundantes. Por isso, ilumina a tua vida com sonhos, mas sempre com os pés bem ajustados à terra, porque reconhecer sinais é a maior de todas as sapiências. Sabe ler a tua utopia, põe-na em prática e sê feliz!

O melhor jardim que poderemos cultivar não é o que nós temos em casa. Mas sim, aquele jardim a quem apelidamos de amizade. Porque mesmo que as suas pétalas envelheçam no ar permanece o aroma das velhas amizades. Elas deixaram marca, quer fosse por um gesto, um sorriso, uma palavra e vai permanecer na memória mesmo, que a planta não dure para sempre. Mas esse grande amigo vai estar lá sempre pronto a amparar.Fica na tua terra a sua semente mesmo que ela não se eternize pela imagem, mas sim sempre pela memória que esse outrora trouxe de bom, e vai ser bom  o aroma, que  deixou pairando no ar. A benquerença verdadeira mesmo que sejam separadas por distâncias enormes o seu aroma irá sem dúvida estar presente nas nossas mentes.

Por vezes damos muito mais significado a comentários indirectos e sem valor, feitos sobre nós e dos outros, do que ligamos ao diálogo olhos nos olhos, onde a vida flui como a águas nas margens de um rio, como palavras em gestos e nas emoções que esboçamos e que evidenciam mais que simples palavras.

Pelo diálogo sincero, nós sentimos que muito de aquilo que dizemos também é transmitido pelo nosso olhar, não só pela transparência que damos a pessoa que nos ouve, mas sim pelo um todo que nós comunicadores sabemos dar aos outros e saber predispormo-nos a mergulhar na íntimidade da pessoa que nós interpreta, para observarmos as duas faces da moeda, porque só assim haverá uma linguagem correta e que não é transmitida em parábolas, exprime-te pela clareza das palavras para que possa ouvir e ser ouvido.

A vida é como uma pauta musical. Cada um escreve suas as notas. Notas essas de risos de choros de momentos menos bons e momentos bons. Mas não deixam de ser as suas baladas de vida que mais tarde irão ouvir e recordar com nostalgia daquele tempo em que foi vívido pois cada uma foi traçada com um sentido e um propósito que naquela altura fazia sentido em ser assim. Sê escritor da tua própria balada compõem, pois és tu o Mozart dela mesmo.

Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz um algo escondido. 
Temos de acreditar que podermos ser melhores, sabendo que tenho defeitos que são muito, lutarei para os mudar. Por isso Um sorriso não custa nada, mas cria muitas coisas. Dura só um momento, mas sua lembrança perdura pela vida a fora. Não se pode comprá-lo, mendigá-lo, pedi-lo emprestado ou roubá-lo.

Podemos dizer que ela é um livro em que nos somos os seus próprios escritores. A nossa vida tem capítulos de alegria, parágrafos de tristezas, linhas de risos e palavras de choros. Mas a nossa sinopse e uma curta metáfora de vida. Nem sempre nos corre bem a vida e por isso andamos revoltados connosco e só nos restringimos ao nosso mundo não temos a visão do outro mundo o mundo dos outros e andamos de rosto no chão e não vemos que o outro mundo o “mundo dos outros”, talvez precise de ajuda.

 A nossa vida é alimentada pelo nosso ego de viver de lutarmos, vencermos.

A próxima paragem?

Muitos de nos pensamos quando e onde será essa próxima paragem.

Sentimo-nos tao pequenos neste mundo, enorme que nos torna tao vulneráveis e tao expostos as vicissitudes da vida e deste mundo que nos repreende e nos deixa, boque-abertos a cada dia que o vimos.

Assemelhamos a nossa a vida a um percurso de um autocarros em existem vários destinos, que cabe a cada um de nos descer, nesse mesmo destino.

Mas nós temos esse poder de mudar esse destino esse rumo, olhando para o futuro mas com os olhos postos nas margens do passado, para  não cometermos erros.

É preciso abrir as janelas do nosso ser
e mergulhar profundamente ,
esquecendo a "roleta alucinamente da vida"
e focalizando só a concha do nosso interior
a " pérola preciosa da nossa conscência".
Para essa viagem 
é necessário apetrecharmo-nos 
de oxigénio do silêncio
as barbatanas da humildade 
e além disto preciso de muita coragem e determinaçao
Mas, vale apena ...